O ex-goleiro espanhol Iker Casillas rebateu os comentários feitos pelo ex-goleiro alemão Jens Lehmann, que se referiu à seleção espanhola como um “time de crianças” antes do tão aguardado confronto das quartas de final da Euro 2024. Casillas, que capitaneou a Espanha em seu histórico triunfo na Euro 2008, se ofendeu com os comentários de Lehmann, lembrando ao grande alemão que “quando crianças, vencemos a Alemanha” naquele torneio. O lendário goleiro parece ter tomado as palavras de Lehmann como uma afronta à atual safra de talentosos jovens espanhóis que entrarão em campo mais tarde hoje. “Vi os comentários de Jens e não pude deixar de rir”, disse Casillas aos repórteres na base de treinamento da equipe. “Ele parece ter esquecido que em 2008, quando ainda éramos relativamente jovens e inexperientes, fomos lá e derrotamos facilmente seu time alemão na final. Então não sei de onde vem essa bobagem de ‘time de crianças’.” Casillas, agora com 43 anos, foi a base daquele time triunfante da Espanha há 16 anos. Ele acredita que a atual geração de estrelas da La Furia Roja, muitas das quais eram apenas crianças naquela época, estão mais do que prontas para enfrentar o desafio dos quatro vezes campeões europeus.
“Esta é uma nova era, um novo grupo de jogadores, mas a mentalidade e a fome de vencer são as mesmas”, insistiu Casillas. “Podemos ter alguns rostos novos, mas não confunda juventude com ingenuidade. Este time espanhol é testado em batalha e pronto para enfrentar qualquer um que ouse nos subestimar.” Este confronto das quartas de final promete ser um encontro emocionante entre duas potências do futebol. A resposta incisiva de Casillas sugere que os jogadores espanhóis estarão mais motivados para silenciar seus colegas alemães em campo. Com ambos os lados ostentando uma riqueza de exuberância e experiência juvenil, os fãs estão em uma verdadeira batalha de gerações no que deve ser um confronto cativante.
Casillas Confiante Que Os “Crianças” Da Espanha Podem Provar Que Lehmann Está Errado
“Ah, Lehmann provavelmente vai se arrepender de ter aberto a boca daquele jeito, você não acha?” Casillas disse com uma risada. “A verdade é que ele é realmente um cara muito legal. Vou ter que dar a ele um lembrete amigável disso mais tarde.” O ex-capitão da Espanha não pareceu tão incomodado com os comentários desdenhosos de Lehmann sobre o atual time espanhol. “Não é que eu necessariamente concorde com ele pensando que somos um bando de crianças ou algo assim. Mas se essa é a visão dele, bem, em 2008 éramos muito jovens e inexperientes também – muito parecido com este grupo agora. E como mencionei, ainda conseguimos vencer a Alemanha naquele dia”, disse Casillas aos repórteres, citando o jornal espanhol AS. O goleiro icônico deixou claro que não guarda rancor do seu colega alemão. Mas ele também quer ter certeza de que Lehmann saiba que o atual time espanhol é mais do que capaz de apoiar a orgulhosa tradição futebolística do país, assim como a geração de Casillas fez todos aqueles anos atrás. “Olha, eu entendo que Jens provavelmente está tentando obter uma vantagem mental ou algo assim. Mas vamos deixar nossas performances em campo falarem. Tenho a sensação de que ele pode acabar se arrependendo dessas palavras quando o apito final soar hoje”, disse Casillas, seu sorriso característico voltando a aparecer em seu rosto.
Casillas, que agora está aposentado, mas continua fortemente envolvido no jogo como treinador e comentarista, viu a evolução do futebol espanhol nas últimas duas décadas. Ele fez parte da geração de ouro que ganhou dois Campeonatos Europeus e uma Copa do Mundo, consolidando seu status como uma das maiores seleções nacionais da era moderna. “Quando vencemos em 2008, foi realmente o início de algo especial para o futebol espanhol. Tínhamos essa mistura incrível de jovens talentos e cabeças experientes, e fomos capazes de dominar o cenário internacional por vários anos”, relembrou Casillas. “Claro, o cenário é um pouco diferente agora. Muitos desses jogadores lendários seguiram em frente, e temos uma nova onda de estrelas surgindo.” O jogador de 43 anos acredita que o atual time da Espanha, liderado por nomes como Gavi, Pedri e Ansu Fati, tem potencial para replicar o sucesso do passado. “Esses garotos passaram pelo sistema, eles sabem o que é preciso para vencer no mais alto nível. Claro, eles podem não ter o mesmo número de convocações internacionais que alguns dos veteranos alemães, mas eles mais do que compensam com sua fome e habilidade.”
Casillas é rápido em apontar que o atual time da Espanha está longe de ser um “time de crianças” unidimensional, como Lehmann sugeriu. “Olhe para o nosso XI inicial – temos um ótimo equilíbrio entre juventude e experiência. Sergio Busquets ainda está puxando as cordas no meio-campo, Jordi Alba e Dani Carvajal fornecem essa liderança veterana na defesa. E na frente, você tem esses jovens atacantes destemidos que podem aterrorizar qualquer defesa.” Ele faz uma pausa por um momento, um olhar melancólico cruzando seu rosto. “Isso me lembra muito o time do qual eu fazia parte. Tínhamos a mesma mistura de exuberância juvenil e profissionalismo experiente. E veja o que conseguimos alcançar.” Casillas está confiante de que o atual time espanhol tem o que é preciso para continuar o rico legado futebolístico do país. “Você pode ter certeza de que eles darão tudo de si hoje. Eles jogarão pela camisa, pelos fãs e pela história desta grande seleção nacional. Lehmann pode dizer o que quiser, mas quando o apito final soar, acho que ele engolirá suas palavras.”
O ex-goleiro ri novamente, com um brilho de travessura nos olhos. “Embora, como eu disse, ele seja um cara legal. Vou me certificar de pagar uma cerveja para ele depois da partida, ganhe ou perca. É assim que nós, espanhóis, somos – gostamos de competir duro em campo, mas sabemos como aproveitar a companhia um do outro fora dele também.” Com isso, Casillas se desculpa, sem dúvida ansioso para se juntar aos seus antigos companheiros de equipe para torcer pela geração atual enquanto eles enfrentam a Alemanha neste confronto altamente antecipado das quartas de final. O palco está pronto para outra batalha épica entre essas duas potências europeias, e se a história serve de indicação, as “crianças” espanholas podem ter mais alguns truques na manga.
